segunda-feira, 13 de junho de 2011

A impressionante graça de Deus


Por Saulinho Farias
“Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” João 8.32

É libertador conhecer a tão surpreendente graça de Deus. A revelação da graça de Deus é de extrema necessidade para um mundo caído e sem esperança. Tal revelação é única. Não existe outra religião que a anuncie, não existe outro caminho mais excelente. O verdadeiro cristão que conhece os privilégios que herdou em Cristo desfruta de uma liberdade que nenhuma outra religião pode dar.

O cristianismo é mais do que religião, porque toda religião tem como característica fundamental que seus seguidores tentam alcançar a Deus, encontrar Deus e agradar a Deus por seus próprios esforços. As religiões procuram subir na direção de Deus. Já o evangelho é diferente – é Deus descendo até o homem. O evangelho afirma que os homens não encontraram Deus, e sim, que Deus os encontrou.

Graça – favor imerecido – no Velho Testamento. o conceito de graça em hebraico está ligado a “curvar-se”, “inclinar-se”, é Deus se inclinando na direção do homem. Deus se aproximando por conta própria. Não um Deus distante, isolado, indiferente, como pregam as religiões, mas um Deus que se fez homem, que se permitiu ser tocado, que morreu pelos pecados do homem para levá-lo de volta a Si. Aleluia!

Para muitas pessoas isso é um golpe esmagador, é uma heresia, uma blasfêmia. Elas preferem o esforço religioso – lidar com Deus à sua própria maneira – desse modo elas se mantém no controle, sentem-se bem em serem religiosas. Como ser um cristão verdadeiro sem ser um religioso? Será possível desfrutar da alegria da fé sem estar sob o fardo da religião? Ser religioso em essência não difere de ser ímpio, pois o “eu” ainda está em evidencia. As coisas acontecem por causa de mim, e para mim.

Dr. Martin Lloyd-Jones, afirmou “pregar a graça não é só arriscado, mas o fato de alguns te interpretarem concluindo com extremos insensatos é prova de que o ministro está verdadeiramente pregando a graça de Deus. Se alguém pregasse justificação por obras, ninguém levantaria a questão. Se a pregação for: “se vocês quiserem ser salvos, devem deixar de cometer pecados, devem fazer boas obras e assim irão para o céu”; o homem que prega essa linha de pensamento, jamais vai ser culpado do mal entendido: “Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde?” Ninguém lançou essa acusação contra a Igreja Católica, mas foi feita várias vezes a Martinho Lutero”.

O sistema religioso faz com que as obras tomem o lugar da fé e da certeza de que Deus é aquele que faz tudo em todos. Faz também com que a lei e os mandamentos se tornem mais importantes que a graça. O Cristianismo não é um esforço religioso. Praticá-lo é corresponder ao que Deus fez por você. Trata-se de um relacionamento com Deus possibilitado por Ele mesmo. Ele abriu o caminho a esse relacionamento, ele nos toma pela mão e nos leva para junto de si. Isso é graça. A nossa parte é simplesmente crer nisso. É um tipo de fé que nos dá descanso. Nos rendemos e Ele faz o resto. Não resistimos ao seu amor e Ele começa a boa obra e nós e completa até o fim.

A vida cristã não se trata de um esforço religioso árduo e monótono de obediência a ritos, formas, leis, regras, sistemas e fórmulas humanas. Isso é religião, não evangelho. Evangelho é a boa notícia de que tudo pode ser diferente. É o homem sendo justificado diante de Deus pela sua fé, independentemente das obras da lei de Deus (Rm 3.28).

A carta de Paulo aos Romanos nos ajuda a compreender melhor essa boa nova. É, sem sombra de dúvidas, a principal das epístolas de Paulo, pelo tratamento completo sobre questões extremamente importantes para a doutrina cristã. Nenhum dos livros do N.T. foi aceito como canônico antes de Romanos. Lutero disse: “A epístola de Paulo aos Romanos é o principal livro do Novo Testamento e o mais puro Evangelho, tão valioso que um cristão não só deveria memorizar cada palavra, mas tê-la consigo diariamente, como pão de sua alma”.

Nos próximos dias estaremos refletindo no blog sobre a graça de Deus no livro de Romanos.

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