quarta-feira, 15 de junho de 2011

A impressionante graça de Deus - 3

Pecadores de todos os tipos (Continuação)


Os Religiosos
Imagino que assim que Paulo concluiu de abordar os pecados dos ímpios, dos gentios (Rm 1.18-32), alguns religiosos tenham até gostado da exposição sobre tão grande depravação dos ímpios, e tenhdam dito: “É isso mesmo, Paulo! Chibatada neles!”. É provável que eles jamais imaginariam que Paulo também se voltaria contra eles. Talvez eles tenham pensado:  “Bem, eu estou contente que essa conversa tenha terminado, pois eu não sou um desses pecadores miseráveis. Essa gente precisa do evangelho, mas não consigo entender o que isso tem a ver comigo!”

Ler Romanos 2.1-11 – Na perspectiva do apóstolo, Os judeus não são muito diferentes – O COMPORTAMENTO ACUSADOR

1Portanto, és indesculpável, ó homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias coisas que condenas. 2Bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade contra os que praticam tais coisas. 3Tu, ó homem, que condenas os que praticam tais coisas e fazes as mesmas, pensas que te livrarás do juízo de Deus? 4Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento? 5Mas, segundo a tua dureza e coração impenitente, acumulas contra ti mesmo ira para o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus, 6que retribuirá a cada um segundo o seu procedimento: 7a vida eterna aos que, perseverando em fazer o bem, procuram glória, honra e incorruptibilidade; 8mas ira e indignação aos facciosos, que desobedecem à verdade e obedecem à injustiça. 9Tribulação e angústia virão sobre a alma de qualquer homem que faz o mal, ao judeu primeiro e também ao grego; 10glória, porém, e honra, e paz a todo aquele que pratica o bem, ao judeu primeiro e também ao grego. 11Porque para com Deus não há acepção de pessoas.

Pensa o religioso:
·           “Venha Deus, deixe eu te mostrar os pecados do meu irmão”.
·           “Por que eu posso tratar de meus próprios erros se eu posso focar nos erros dos outros?”;
·           “Eu posso ser mau, mas desde que eu encontre alguém pior...”. 


Os atos de justiça dos judeus não estavam fundamentados em uma transformação ou retidão de caráter, mas em um amontoado de costumes sociais. Mas um exame cuidadoso iria revelar os mesmos pecados vis dos gentios.

Estavam iludidos. Segundo pensavam, eles tinham tudo, eram filhos de Abraão e discípulos de Moisés. Séculos de tradição religiosa. Também eram altivos. O simples ato de esbarrar em um estrangeiro já era considerado uma impureza. Eles eram ZELOSOS com base no seus conhecimentos e nos seus princípios religiosos, mas desconheciam o amor e a misericórdia.

A grande prova de maturidade espiritual é o amor.  A obediência ao princípio do amor é mais elevada do que o conhecimento religioso.  Gerald Cragg afirma:  “A  consciência de que estamos aquém daquilo que o nosso conhecimento nos diz, deveria produzir em nós humildade. Conseqüentemente a forma de orgulho que se atreve a julgar os outros é um defeito absurdamente trágico”. 

O fato de eles terem o conhecimento que os outros não tinham o faziam ainda mais pecadores que os outros. E mais: Diante de Deus, a vida secreta de todos nós está aberta, e isso é duro de admitir. Não gostaríamos que os outros conhecessem certas coisas a nosso respeito. Tantamos parecer bons diante dos outros e manter as aparências. Mas isso é engano. Enganamo-nos a nós mesmos. Mas Deus sabe de tudo. Nada se oculta diante dos seus olhos.

Ler Romanos 2.17 – 3.20 – E não adianta querer merecer – O COMPORTAMENTO LEGALISTA

O religioso legalista é respeitado, diligente, trabalhador, zeloso, enérgico, disciplinado. Aqui está um que “enxerga” seus pecados e quer resolver essa situação incômoda com Deus por suas próprias forças. Eles liam a bíblia regularmente, oravam, jejuavam, ensinavam, eram profundamente religiosos, mas infelizmente daquilo que ensinavam, não conseguiam praticar e o pior: nunca tinha se passado pela mente deles que também poderiam estar sob condenação de Deus. O que havia de errado? Paulo sabia, pois tinha sido um deles até se encontrar face a face com Jesus.

Romanos 2.24 – “não é de admirar que o mundo fala mal de Deus por culpa de vocês”. Quando a Religião se torna mais importante que a graça, torna o religioso um orgulhoso, convencido, e não consegue ser amável e humilde.

Conclusão: Como diz o Max Lucado: “Você pode dar cinco passos, porém restam cinco milhões à frente. Jamais você vai poder merecer o perdão de Deus. Jamais poderá alcançar a Deus por conta própria. Você precisa de um milagre: PRECISA DE MUITA GRAÇA. precisa que Ele venha até você”.

Romanos 3
o       9Que se conclui? Temos nós qualquer vantagem? Não, de forma nenhuma; pois já temos demonstrado que todos, tanto judeus como gregos, estão debaixo do pecado; 10como está escrito:
oNão há justo, nem um sequer,
o11não há quem entenda, não há quem busque a Deus;
o12todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.
o13A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios,
o14a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura;
o15são os seus pés velozes para derramar sangue,
o16nos seus caminhos, há destruição e miséria;
o17desconheceram o caminho da paz.
o18Não há temor de Deus diante de seus olhos.
o 19Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, 20visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.

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